São Cosme e São Damião
(26 de Setembro)
Os SANTOS Cosme e Damião eram irmãos, descendentes de nobre família da Arábia. A mãe, teodata, deu aos filhos uma educação muito boa, e fez com que os belos talentos se lhes pudessem desenvolver sob a direção de sábios mestres. Fazendo os estudos na Síria, especializaram-se em medicina.
Pelo preparo científico e não menos pela pureza de costumes, mereceram a estima e admiração de todos, até dos próprios pagãos. Aproveitando-se desta última circunstância, de preferência procuraram exercer a profissão de médico entre as famílias pagãs, para deste modo terem ocasião de ganhá-las para o Catolicismo. Deus abençoou-os de tal maneira, que não parecia haver doença que resistisse à sua medicação. Era visível esta proteção sobrenatural.
A admiração e o pasmo dos pagãos, crescia ainda mais vendo que os médicos cristâos não aceitavam a mínima gratificação. Eram outras riquezas que os atraíam. A conversão das almas, que viviam nas trevas do paganismo, era obejto principal de toda sua atividade. Realmente conseguiram deitar a semente da doutrina cristã em muitos corações, e numerosas foram as conversões de pagãos ao cristianismo.
Assim viveram alguns anos, como médicos missionários em Egra, na Cilícia. Essa atividade havia de chamar a atenção das autoridades, como de fato chamou. Tendo recebido ordens do governo imperial de Dioclesiano com referência à religião cristã e seus adeptos, uma das primeiras medidas corcitivas do governador Lísias, quando apareceu em Egra, foi ordenar a prisão dos dois médicos, que lhe foram indicados como inimigos acérrimos das divindades pagãs.
Citados perante o tribunal de Lísias, este os interpelou sobre sua pátria e profissão. Deram as informaçõews exigidas, declarando que eram naturais da Arábia, e exerciam gratuitamente a ciência médica. Protestaram contra a denúncia de se entregarem às práticas da feitiçaria.
_ Curamos doenças - disseram ao governador - mais em nome de Jesus Cristo, do que pelo valor da nossa ciência.
Lísias bradou:
_ É preciso que adoreis aos deuses, sob pena de cruel tortura!
_ Teus deuses nenhum poder têm; adoramos o Criador do céu e da terra.
Para fazê-los mudar de convicção, Lísias mandou aplicar-lhes tormentos bárbaros. Vendo, porém, que eram inúteis esses processos, deu ordem para que fossem decapitados. Cosme e Damião morreram mártires em 303. Os corpos foram transportados para Cira, na Síria, e depositados numa igreja que lhes recebeu o nome. O mesmo imperador, Justiniano I, vendo_se favorecido em grave doença, construiu em Constantinopla uma igreja em honra destes padroeiros. Parte das relíquias chegaram no século VI a Roma e a Munique (Baviera), onde repousam no altar mor da igreja de São Miguel. Deus glorificou com juitos milagres o nome de seus dois servos.
Os Santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e da Faculdade de Medicina.
REFLEXÕES
A riqueza em si não constitui nenhum impedimento para a santidade, como mostra a vida dos Santos Corme e Damião. A riqueza bem empregada, para mitigar o sofrimento do pobre, para suavizar a trIste sorte do necessitado, atrai a bênção de Deus. O mau rico, que fecha o coração e a bolsa aos pobres, às pobres viívas e órfãos, e abusa da riqueza para mais livre e desembaraçadamente se entregar aos caprichos, vícios e pecados, corre grande perigo de se perder eternamente. O exemplo dos santos Cosme e Damião confundirá os ricos no dia do Juízo FInal. Se bem que tarde, compreenderão que é um Grande engano pensar, como pensaram, que a piedade, a prática da virtude é só para o pobre, para o homem do povo, para o sacerdote, a freira e o eremita.
Fonte: Página Oriente
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(26 de Setembro)
Os SANTOS Cosme e Damião eram irmãos, descendentes de nobre família da Arábia. A mãe, teodata, deu aos filhos uma educação muito boa, e fez com que os belos talentos se lhes pudessem desenvolver sob a direção de sábios mestres. Fazendo os estudos na Síria, especializaram-se em medicina.
Pelo preparo científico e não menos pela pureza de costumes, mereceram a estima e admiração de todos, até dos próprios pagãos. Aproveitando-se desta última circunstância, de preferência procuraram exercer a profissão de médico entre as famílias pagãs, para deste modo terem ocasião de ganhá-las para o Catolicismo. Deus abençoou-os de tal maneira, que não parecia haver doença que resistisse à sua medicação. Era visível esta proteção sobrenatural.
A admiração e o pasmo dos pagãos, crescia ainda mais vendo que os médicos cristâos não aceitavam a mínima gratificação. Eram outras riquezas que os atraíam. A conversão das almas, que viviam nas trevas do paganismo, era obejto principal de toda sua atividade. Realmente conseguiram deitar a semente da doutrina cristã em muitos corações, e numerosas foram as conversões de pagãos ao cristianismo.
Assim viveram alguns anos, como médicos missionários em Egra, na Cilícia. Essa atividade havia de chamar a atenção das autoridades, como de fato chamou. Tendo recebido ordens do governo imperial de Dioclesiano com referência à religião cristã e seus adeptos, uma das primeiras medidas corcitivas do governador Lísias, quando apareceu em Egra, foi ordenar a prisão dos dois médicos, que lhe foram indicados como inimigos acérrimos das divindades pagãs.
Citados perante o tribunal de Lísias, este os interpelou sobre sua pátria e profissão. Deram as informaçõews exigidas, declarando que eram naturais da Arábia, e exerciam gratuitamente a ciência médica. Protestaram contra a denúncia de se entregarem às práticas da feitiçaria.
_ Curamos doenças - disseram ao governador - mais em nome de Jesus Cristo, do que pelo valor da nossa ciência.
Lísias bradou:
_ É preciso que adoreis aos deuses, sob pena de cruel tortura!
_ Teus deuses nenhum poder têm; adoramos o Criador do céu e da terra.
Para fazê-los mudar de convicção, Lísias mandou aplicar-lhes tormentos bárbaros. Vendo, porém, que eram inúteis esses processos, deu ordem para que fossem decapitados. Cosme e Damião morreram mártires em 303. Os corpos foram transportados para Cira, na Síria, e depositados numa igreja que lhes recebeu o nome. O mesmo imperador, Justiniano I, vendo_se favorecido em grave doença, construiu em Constantinopla uma igreja em honra destes padroeiros. Parte das relíquias chegaram no século VI a Roma e a Munique (Baviera), onde repousam no altar mor da igreja de São Miguel. Deus glorificou com juitos milagres o nome de seus dois servos.
Os Santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e da Faculdade de Medicina.
REFLEXÕES
A riqueza em si não constitui nenhum impedimento para a santidade, como mostra a vida dos Santos Corme e Damião. A riqueza bem empregada, para mitigar o sofrimento do pobre, para suavizar a trIste sorte do necessitado, atrai a bênção de Deus. O mau rico, que fecha o coração e a bolsa aos pobres, às pobres viívas e órfãos, e abusa da riqueza para mais livre e desembaraçadamente se entregar aos caprichos, vícios e pecados, corre grande perigo de se perder eternamente. O exemplo dos santos Cosme e Damião confundirá os ricos no dia do Juízo FInal. Se bem que tarde, compreenderão que é um Grande engano pensar, como pensaram, que a piedade, a prática da virtude é só para o pobre, para o homem do povo, para o sacerdote, a freira e o eremita.
Fonte: Página Oriente
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