Homem de 27 anos usava dados de outras pessoas para fazer compras.
Site fornecia espécie de 'ranking' de 'bons pagadores', segundo a polícia.
Investigações descobriram a atuação do homem, de 27 anos, pela internet, em Panorama (Foto: Cedida/Polícia Civil) |
Ao ser entrevistado pelos policiais, o indiciado negou a prática de qualquer delito. No entanto, durante as investigações, os policiais também localizaram o funcionário da transportadora responsável pelas entregas e ele reconheceu ter realizado a entrega de vários objetos para a esposa e a cunhada do indiciado.
Diante destas evidências, o golpista acabou revelando sua forma de atuação aos policiais. Disse que, através de um site específico, conseguia obter os dados individuais, tais como nome, RG, CPF e endereço, de qualquer pessoa. Este site fornecia, inclusive, uma espécie de “ranking”, que estabelecia uma pontuação para os “bons pagadores”, ou seja, aquelas pessoas cujos nomes não estivessem inseridos nos serviços de proteção ao crédito, segundo a polícia.
O indiciado, então, selecionava moradores de Panorama que atendessem a estes requisitos e que tivessem uma melhor “pontuação”. Em seguida, ele adquiria dados de cartões de crédito “clonados” através da internet. O próximo passo, segundo a Polícia Civil, consistia em cadastrar o nome dos “bons pagadores” em um site de compras e efetuar as aquisições inserindo os dados dos cartões “clonados”.
Assim, usando o nome e demais dados de uma pessoa e as informações do cartão de crédito de outra, o criminoso conseguiu adquirir vários produtos que eram entregues em sua casa e na residência de uma cunhada, para disfarçar sua atuação, conforme a polícia.
Os investigadores apreenderam na casa do homem um televisor de tela curva, um celular, uma batedeira e um armário de cozinha, além de outros utensílios domésticos. A Polícia Civil conseguiu impedir a entrega de um videogame e um forno micro-ondas e determinou a devolução dos aparelhos ao entregador.
O homem alegou que vinha praticando tais golpes havia cerca de um mês. Como não foi detido em flagrante, responderá pelo delito de estelionato em liberdade.
http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao
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