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O grupo técnico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo emitiu um relatório sobre a proliferação e os
prejuízos causados pela mosca dos estábulos, propondo soluções para esse
problema. A publicação apresenta um mapeamento das principais regiões
paulistas e as ações para combater a propagação da praga. Tupã é um dos
municípios citados no documento.
O
objetivo do trabalho foi estudar a relação intrínseca entre a
mosca-dos-estábulos e a vinhaça, para propor soluções definitivas para
esse problema. Segundo o artigo, a mosca Stomoxys calcitrans (L., 1758), comumente conhecida como mosca dos estábulos, é uma mosca hematófaga parasita de diversas espécies de animais, dentre as quais se destacam bovinos, equinos, caprinos, ovinos, cães e até mesmo o homem.
A picada da mosca dos estábulos é muito dolorida e essa espécie é considerada uma das pragas mais irritantes para os animais. São muito ativas durante o dia e, ocasionalmente, seguem seus hospedeiros por longas distâncias. As moscas atacam preferencialmente as patas e flancos, porém em altas infestações podem atacar todas as regiões do corpo do hospedeiro. Em alguns casos, devido ao grande número de picadas, pode ocorrer perda de sangue.
O estresse é o maior problema causado pela mosca, podendo afetar o ganho de peso e a produção de leite. Nos Estados Unidos, as perdas na bovinocultura foram superiores a US$ 2 bilhões no ano de 2012, e no Brasil estima-se uma perda anual de US$ 335 milhões de dólares.
Municípios
Os municípios que tiveram altas infestações de moscas dos estábulos são: Alfredo Marcondes, Altair, Álvares Florence, Américo de Campos, Andradina, Anhumas, Araçatuba, Ariranha, Avanhandava, Bariri, Barra Bonita, Bento de Abreu, Brejo Alegre, Brotas, Buritizal, Cafelândia, Cardoso, Catanduva, Cosmorama, Dirce Reis, Embaúba, Estrela do Norte, Estrela d’Oeste, Fernandópolis, Floreal, Gastão Vidigal, Getulina, Guapiaçu, Guaraci, Ibirá, Igaraçu do Tietê, Itapetininga, Jacareí, José Bonifácio, Junqueirópolis, Laranjal Paulista, Lins, Macaubal, Magda, Maracaí, Mariápolis, Mendonça, Meridiano, Mesópolis, Mirassol, Mococa, Monções, Nhandeara, Nipoã, Nova Independência, Nuporanga, Óleo, Olím-pia, Orindiúva, Ouroeste, Paranapuã, Parisi, Paulo de Faria, Penápolis, Pereira Barreto, Piraju, Planalto, Pompéia, Pontalinda, Pontes Gestal, Populina, Potirendaba, Promissão, Quatá, Queiroz, Quintana, Rancharia, Regente Feijó, Riolândia, Rubinéia, Sabino, Sales, Santa Albertina, Santa Salete, Santo Antônio do Aracanguá, São João de Iracema, São José do Rio Preto, Sebastianópolis do Sul, Sud Menucci, Tanabi, Tarumã, Teodoro Sampaio, Tupã, Turiúba, Turmalina, União Paulista, Urupês, Valentim Gentil e Votuporanga.
Os 94 municípios estão distribuídos em 23 EDRs: Andradina, Araçatuba, Assis, Barretos, Catanduva, Dracena, Fernandópolis, General Salgado, Itapetininga, Jales, Jaú, Lins, Marília, Orlândia, Ourinhos, Pindamonhangaba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, Tupã e Votuporanga.
Esta foi a primeira fase de um trabalho de pesquisa mais amplo, o qual será composto de outras etapas, com questionários abordando outras informações, visando um diagnóstico epidemiológico do problema.
Ainda de acordo com as informações do artigo, o mapeamento dos surtos nos municípios do Estado de São Paulo serviu para identificar quais regiões estão afetadas pelo problema da mosca, indicando que esses locais são prioritários para a difusão de tecnologia, com necessidade de treinamento dos técnicos de campo.
A medida tem por objetivo balizar os conhecimentos dos técnicos sobre a biologia, ecologia e controle da mosca. Assim, o Seminário Sobre a Mosca dos Estábulos transmitiu aos técnicos da CATI e Defesa informações sobre as medidas de controle, disponíveis até o momento, para fornecer subsídios aos técnicos de campo, no seu trabalho de atendimento aos produtores rurais.
O evento contou com a participação de 145 técnicos provenientes de municípios com problemas com a mosca-dos-estábulos.
Na propriedade rural
- Adoção de princípios de boas práticas sanitárias, com limpeza sistemática de dejetos animais e resíduos alimentares, principalmente em sistemas de confinamento e produção leiteira, com base no Guia de Boas Práticas Agropecuárias, publicado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (CATI e FEAP).
- Eliminar o uso de cama de frango em áreas consideradas de risco (entorno de usinas suco-alcooleiras) e outros adubos orgânicos, favoráveis ao desenvolvimento de larvas, devem ser evitados e sua utilização deve ser monitorada.
- Evitar o acúmulo de umidade próximo a locais de armazenamento de resíduos e dejetos, realizar a drenagem do terreno, eliminar vazamentos nos bebedouros e reservatórios de água.
- Utilização de armadilhas para controle (tipo bandeira) e outros métodos para controle.
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