sábado, 21 de outubro de 2017

Finalmente mãe consegue trazer restos mortais do filho para ser sepultado em Tupã


"A sensação é de vitória. Depois de mais de um ano, eu posso dizer que agora eu durmo tranquila". O desabafo é de Maria Irandi Pereira, “Landa”, 51 anos, que finalmente conseguiu sepultar os restos mortais do filho em Tupã.

Cleberson Luiz de Oliveira, na época com 33 anos, foi morto após ser baleado pela Policia, em 2016 no Mato Grosso do Sul. Na época, ele foi enterrado como indigente em um cemitério Sul-mato-grossense.

Maria Irandi, só ficou sabendo na morte do filho um mês após a sua morte que ocorreu em agosto de 2016, e desde então ela tentava encontrar uma maneira de trazer os restos mortais do filho para ser sepultado em Tupã.  Os restos mortais de Cleverson foi  transladado  por uma Funerária local  e chegou na Madrugada desta sexta-feira (20) em Tupã.

Entenda o caso

O tupãense morreu na noite de segunda-feira 08 de agosto de 2016, após ser baleado pela polícia enquanto tentava matar um homem com um facão, durante uma briga de rua no centro de Camapuã/MS, distante 135 quilômetros de Campo Grande.

Segundo informações, ao chegarem ao local os policiais militares avistaram rapaz com um facão nas mãos tentando golpear outro homem.
Ambos estavam caídos no solo e Oliveira estava por cima do outro envolvido que, mesmo em desvantagem, segurava as mãos dele para não ser esfaqueado.
Os policiais deram várias ordens de parada, porém Oliveira não obedeceu nenhuma delas e continuava a tentar perfurar o outro homem no tórax.

Os militares ainda insistiam para ele soltar o facão, mas rapaz estava descontrolado. Num determinado momento da luta, ele conseguiu soltar uma das mãos e quando se preparava para perfurar o outro homem, acabou sendo baleado por um dos policias.

O tiro atingiu a perna direita de Cleberson Luiz de Oliveira. Ele foi socorrido e levado para o hospital municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco tempo depois.

O corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Coxim. O exame necroscópico apontou que o tiro atingiu a artéria femoral e Oliveira morreu por conta de um choque hemorrágico. 

Cleberson era tupãense e estava trabalhando da cidade Sul Mato-grossense.  Como não tinha familiares na localidade o corpo foi sepultado como indigente no cemitério local. 


Família é marcada por tragédias

Uma relação de tragédias marca a história da família de Maria Irandi Pereira. A mulher e deficiente visual.

Um dos filhos se enforcou

Maria Irandi Pereira é mãe do jovem Jeferson, 26 anos, conhecido como “Boliviano”, que se enforcou no dia 27 de janeiro de 2013.
Ele foi encontrado por ela, dependurado em uma corda amarrada a um caibro nos fundos da residência do Conjunto Habitacional Júlio Dualib.
Sua mãe tão logo o viu, cortou a corda, jogou um edredom sobre o seu corpo e chamou o resgate. Jeferson faleceu na Santa Casa de Tupã.

Mulher foi presa após matar companheiro

No dia 05 de março de 2013, Maria Irandi, foi presa em flagrante após matar o companheiro, Cesário Gregório dos Santos, 73 anos.

O crime ocorreu por volta de 22h30, na Rua Antônio Valverde, 1.235, Conjunto Habitacional Júlio Dualib. Cesário teria ameaçado matar “Landa” depois de um desentendimento que se arrastava há dias entre os dois. O homem teria inclusive comprado uma lata de tiner para jogar na companheira e atear fogo.

Ao chegar a casa, “Landa” viu que as luzes estavam apagadas. Logo, Cesário partiu pra cima dela com um pedaço de pau. Ela conseguiu desarmá-lo.

Na época a mulher alegou que não sabia se havia matado o companheiro a pauladas ou por esganadura.

Maria Irandi Pereira ficou no local aguardando a chegada da Polícia. Foi conduzida ao Plantão Policial, onde foi autuada e encaminhada para a Cadeia de Piraju. Algum tempo após o crime Maria Irandi foi colocada em liberdade.

Tupã Noticias

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