sábado, 28 de outubro de 2017

A força de vontade.


Clarineta
Quando trabalhamos notamos quem tem força de vontade, dentro de nossa profissão, ou por quem esteja ali de passagem, circunstâncias da vida. O ano era 2008/2009, eu trabalhava na EE José Firpo e meu turno se encerrava às 15:00h. Duas vezes por semana, uma aluna, do período da tarde (5º e 6º ano) pedia para que eu ou, outro colega guardássemos para ela, um instrumento musical, que vinha adequadamente colocado dentro de uma caixa. Ela não queria levar para dentro da sala de aulas, para evitar que ficassem mexendo e até meso pudessem causar danos.
No final das aulas, a mesma aluna pegaria o instrumento e iria para o ensaio na Banda Marcial. Creio que naquela época o Maestro era o Willian, que depois de certo tempo retornou para ser novamente o Comandante da Banda. Por volta das 18h, essa menina rapidamente se deslocava para cumprir seu compromisso. Eu achava isso muito importante e torcia para que pudesse aprender a tocar mais e mais.  Jamais soube nome daquele instrumento, talvez clarinete, mas como todo leigo, eu chamava de corneta, coisa que tenho certeza, nunca foi.

O tempo passou me desliguei da EE José Firpo, nunca mais vi a aluna e também nunca mais soube dela. Talvez hoje nem more mais em Lucélia, ou talvez até esteja casada, mas, enfim, me lembrei da dedicação, da força de vontade. Gente que merece meu aplauso e minhas belas lembranças. O nome dela? Como tudo que passa, e ficamos distantes, o próprio tempo me fez esquecer. Mas dela não esqueci jamais. Mas por onde andará?

José Luiz Paiva

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