De janeiro a setembro deste ano, Osvaldo Cruz exportou pouco mais de US$ 5,3 milhões; 82,6% a menos que em 2016
Jornal Cidade Aberta
Os produtos derivados da extração do óleo de soja lideram o ranking de exportação em Osvaldo Cruz: 54,41% do total. Os dados do MDIC também apontam destaque para calçados com sola exterior de borracha, plástico, couro natural ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis, que representam 6% |
De janeiro a setembro deste ano, as exportações de Osvaldo Cruz para outros países chegaram à casa de US$ 5.374.776. O valor, no entanto, é bem menor do que aquele registrado no mesmo período do ano passado.
Em 2016, com um desempenho econômico melhor, o valor das exportações alcançaram a marca de US$ 30.890.600 – 574,73% a mais do que neste ano.
Destinos
De acordo com o MIDC, a França foi o país que mais importou produtos das indústrias osvaldo-cruzenses: 55,41% do total.
Na sequência, aparece a República Dominicana. O país caribenho é responsável por 25,02% da exportação local.
Completam o “top five”: Estados Unidos, Chile e Portugal.
Importações também caem
A balança comercial também registrou queda nas importações feitas pelas indústrias de Osvaldo Cruz.
De janeiro a setembro deste ano, foram importados US$ 1.094.554, contra US$ 1.333.080. A queda, neste cenário, é de 17,9%.
Cenário político, econômico e incertezas
Diversos fatores ajudam a explicar a queda brusca das exportações das indústrias osvaldo-cruzenses.
Para o economista Raul Cunha, as instabilidades políticas e econômicas, aliadas ao cenário de incertezas do país, são pontos que merecem destaque na análise.
“A balança comercial é movida pela taxa de câmbio e a situação econômica de um país, e o Brasil passou por um momento de instabilidade política e econômica muito grande, isso acabou gerando incertezas dentro da indústria e no setor agropecuário. Além disso, tem a taxa de câmbio, onde a moeda brasileira se valorizou e quando a moeda se valoriza isso é ruim para as exportações”, destacou Cunha.
Acumulado nacional
Apesar de todo o cenário contrário, principalmente quando se traduzem os números locais, no acumulado de janeiro-setembro de 2017, as exportações em todo o Brasil apresentaram valor de US$ 164 bilhões, um crescimento de 18,7%, pela média diária, em relação ao mesmo período de 2016.
O crescimento expressivo foi verificado nas três categorias de produtos. No período, houve avanço expressivo nas vendas de petróleo em bruto (88,5%), semimanufaturados de ferro e aço (51,4%) e óleos combustíveis (101%).
Já as importações somaram US$ 111,325 bilhões, 8,5% acima, pela média diária, sobre o mesmo período anterior. Também houve crescimento de combustíveis e lubrificantes (35,3%), bens intermediários (11,4%) e bens de consumo (5,7%), enquanto que caíram as compras de bens de capital (-18,6%).
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