sexta-feira, 13 de outubro de 2017

O Araújo.


Vou chamá-lo de Araújo, não importa quem seja. Um dia encontrei o Araujo na porta do Bar da Suely e do Paulo, onde antes pertencia a um Nipônico, aqui em Lucélia. Faz certo tempo. Na verdade o Araújo já se encontrava dentro do Bar e eu passava, distraidamente pela calçada, quando o ouvi chamar meu nome. O Paiva, entra aqui, vamos tomar um negócio; como ele já sabia que nunca entro em bares, ensinamento de eu pai, já emendou, vamos tomar um café. Bem, pelo convite e pela amizade, resolvi entrar, pelo amigo, pela Suely, que sempre teve ótimo atendimento, entrei e pedi um café, simples. “Pega aí um salgado, uma coxinha, risólis, o que você quiser já me ofereceu” Agradeci, mas fiquei no café.
Sentamos mais o fundo, preferi ficar mais defronte para a rua, para ver o movimento de quem passava. Eis que o Araujo levanta, pede um refrigerante, quantidade exagerada para única pessoa, e todos os tipos de salgadinhos que havia à disposição. “Não consigo vir aqui e ficar numa coisa só, também, a Suely prima pela qualidade e eu, claro não abdico”.
Conversamos sobre amenidades, conversamos por alguns minutos, uns vinte, talvez! Havia mais pessoas que chegaram, ou antes, ou depois, afinal o ambiente era muito bom. Desculpei-me, expliquei que realmente tinha que ir, tinha mais compromissos. O Araujo me respondeu que iria ficar mais um pouquinho. Quando olhei para trás, o vi repetindo os salgadinhos, ainda pensei “Será que também vai repetir o refrigerante?”.

O Araújo ainda esta aqui em Lucélia, só que hoje esta enorme·. Só não tem mais o Bar da Suely e do Paulo.

José Luiz Paiva

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