sábado, 20 de janeiro de 2018

Macacos são encontrados mortos em Tarumã e Paraguaçu Paulista

Estado de São Paulo é considerado área de risco da febre amarela

O mês de janeiro começou com alerta para os moradores de cidades da região devido ao medo da febre amarela. Nos últimos dias, três macacos foram encontrados mortos, sendo que um deles estava entre Cândido Mota e Palmital, enquanto outros dois foram localizados em Marília.

Mas o número parece aumentar, já que dois macacos também foram encontrados mortos em Paraguaçu Paulista e Tarumã.

O prefeito de Tarumã, Oscar Gozzi, publicou um vídeo nesta quinta-feira, 18, no qual esclarece a situação para os moradores da cidade.

"Estamos muito atentos ao que está acontecendo no Estado de São Paulo em relação à febre amarela. Já realizamos uma campanha intensa de vacinação e mais 90% da nossa população já está vacinada segundo nossos registros. Queremos dizer que foi encontrado na região rural do município um macaco morto. O veterinário patologista foi solicitado para colher amostras do animal e nos disse que ele estava com muitos ferimentos, provavelmente resultantes de uma briga entre os animais. As amostras foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz e os resultados devem sair nos próximos 40 dias. Nós temos informações da Secretaria de Estado de que não há circulação do vírus da febre amarela em nossa região. Queremos nesse momento tranquilizar a população", afirma.

A secretária da Saúde, Elvira Gozze da Silva, também salientou que não há motivo para pânico.

"A nossa população está imunizada e a questão é que cada um que ainda não foi vacinado, no seu tempo, procure a sala de vacinação, mas sem pânico e sem pressa. Não há motivo para pânico nesse momento. Se já temos a informação de que 90% já estão vacinados, com tranquilidade temos vacina para todo mundo", salienta.

Em nota oficial publicada no site da Prefeitura de Paraguaçu Paulista, a diretora de Saúde do Município, Cristiane Bonfim, afirma que a preocupação do Departamento em relação a febre amarela e sobre os casos de mortes de macacos na região é grande.

"A Vigilância Epidemiológica já foi até o local e colheu material do macaco morto. Esse material já foi encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz, só que o resultado sai em 30 a 40 dias. Também já foram tomadas as medidas do protocolo que são a eliminação de criadouros na área. A equipe já foi até o local e orientou todos os moradores daquela área. É muito importante enfatizar que no ano de 2017 Paraguaçu fez uma força tarefa, em janeiro e fevereiro, contra a febre amarela. A nossa equipe foi em toda zona rural. A cobertura da febre amarela no nosso município é muito grande. Todas as Unidades de Saúde têm a vacina da febre amarela. Não tem porquê a população se desesperar", ressalta.

Ainda segundo a diretora, a vacina contra a febre amarela é tomada uma única vez durante a vida.

"É muito importante olhar a carteira de vacinação para ver se tomou. Quem tomou não vai tomar segunda dose. Diferente do que está acontecendo em algumas regiões do Estado de São Paulo que a vacina está sendo fracionada para atender o maior número de pessoas, aqui não. Aqui temos a dose única, mas só para quem não tomou. Quem tomou já está imunizado. Outra coisa importante que temos que lembrar é que temos que eliminar criadouros. A febre amarela é outra doença causada pelo Aedes Aegypti. O único jeito de eliminar essas doenças, zica, chikungunya e agora febre amarela, é eliminando criadouros, é limpando os quintais casa a casa. O macaco é unicamente o hospedeiro, não temos que maltratar os macacos, pelo contrário, temos que observar o animal porque ele é o primeiro a dar sintomas e sinais se foi atingido pelo vírus da febre amarela. De todos esses macacos mortos na região, nenhum foi ainda detectado com o vírus da febre amarela. Todos já foram para o Adolfo Lutz, mas a preocupação é grande. Entretanto, a nossa cobertura é muito grande, devido à força tarefa realizada o ano passado. Digo mais uma vez, que não há porque se desesperar, vamos aguardar os resultados dos exames", conclui.
Fonte: AssisCity/ Foto: Ilustrativa

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