terça-feira, 2 de agosto de 2016

Na hora do aperto que nossas habilidades ressurgem


Bem me lembro de uma história que dizia:

Bolo de Pote(Imagem de internet)
“Um sábio junto com seu discípulo passando por um pequeno lugarejo, viu a penúria daquele povo, que tinha só o leite de uma velha vaquinha, para sustentá-los. Ao irem embora o discípulo pergunta: Mestre, o que podemos fazer para ajudar esta gente? O Sábio pensou... pensou e respondeu... empurre essa vaca pelo abismo. Mesmo a contragosto o jovem assim o fez... e ambos seguiram seus caminhos. Passado bastante tempo, um ano talvez, os dois voltaram àquela localidade e encontram tudo completamente diferente... havia muito progresso... pessoas trabalhando, um corre-corre para todos os lados. Perguntaram o que havia acontecido, pois tudo modificara, o que lhes respondeu o Senhor, líder daquelas pessoas... após o acidente com a
Comida Japonesa
Foto de Internet
nossa vaquinha, quase morremos de fome, mas aos poucos descobrimos que podíamos fazer alguma coisa para sobreviver e cada um descobriu uma aptidão para cuidar da terra, plantar, colher, diversificar, dando-nos condições de vida melhor, e o progresso chegou”
Atualmente vejo esta aptidão chegando, mesmo em Lucélia, onde muitas famílias foram privadas de sua vaquinha, quando pelo menos um membro perdeu o emprego e como não esta fácil de encontrar outro, algo tinha que ser feito e urgente, assim surgiram algumas habilidades, se não esquecidas, mas que não estavam em prática.
Surgiram os pães caseiros, salgadinhos, doces caseiros, bolos, comida japonesa, feijoada, pizzas, entre tantos e, cada um colocando algo a mais para diferenciar e competir, reformas de roupas, buscar àquela roupa usadas no fundo do guarda-roupa, fazer brechó, dando ênfase ao ressurgimento das habilidades. Homens e mulheres voltaram a ser pedreiros, pintores, encanadores, pelo menos para si, não gastando com o pagamento de mão de obra.
Na hora do aperto é que saímos do nosso lugar tranqüilo, de letargia, em busca de uma habilidade que julgamos não mais existir.

José Luiz Paiva



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