As estatísticas abrangem os 53 municípios da 10ª RA
Fonte: O Imparcial
De acordo com a previsão, a produção de milho saltou de 2.358.752 sacas de 60 kg em 2016, para 2.521.750 em 2017, o equivalente a 151.305 toneladas. Segundo o diretor técnico do EDR (Escritório de Desenvolvimento Rural) de Presidente Venceslau, Felipe Melhado, as commodities relacionadas à alimentação do gado expandiram, pois a arroba do boi em 2016 estava em alta. “O milho é um componente da ração desses animais. Como houve a falta dele no mercado interno e o gado de corte aumentou na região, foi preciso investir nessa cultura”, argumenta. A mesma situação foi enfrentada pela soja irrigada, expandindo a sua produção na região de 2.532.240 sacas de 60 kg, para 2.887.532, portanto, houve o acréscimo de 14%. Por sua vez, a área de plantio aumentou de 54.921 hectares (ha) para 57.894, representando majoração de 5,4%.
O engenheiro agrônomo, Eneas Maschetti, considera esta expansão do milho e da soja importante, pois fomenta o desenvolvimento econômico da região do Pontal do Paranapanema. “Traz renda direta para quem planta, aos donos dos arrendamentos e valoriza a terra do agricultor em 50%. Além disso, aumenta o setor de serviços terceirizados relacionados a essas culturas”, comenta. Outro fator marcante para o milho e a soja é a rotação dessas lavouras, pois o produtor que planta soja no verão, colhe no outono, e no período, planta-se o milho, sendo extraído na primavera.
Neste mesmo cenário, a cultura que mais se destacava na região vem perdendo espaço no oeste paulista. A cana para forragem diminuiu a área de produção de 14.103 hectares para 12.657 ha, e passou de 663.066 toneladas colhidas em 2016, para 604.455 neste ano, representando um decréscimo na produção de 8,8% e de 10,3% na área. Atualmente, há a diminuição neste cultivo com a expansão da soja e do milho.
No Estado
Conforme o IEA, o cultivo da soja segue em expansão no Estado de São Paulo, em face do crescimento de 8% na área plantada, que alcançou 855,9 mil hectares em 2016/17. A produção é estimada em 2,92 milhões de toneladas, 13,4% maior que a obtida na safra passada, principalmente com a adoção de tecnologias que propiciaram o aumento de 4,9% na produtividade. A demanda firme pelo grão e derivados, como o óleo e farelo nos mercados doméstico e internacional, justifica o comportamento do cultivo da oleaginosa.
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