terça-feira, 8 de novembro de 2016

Importantes segmentos do mercado de trabalho estão ameaçados pela tecnologia

O avanço tecnológico tem levado o mercado de trabalho para mudanças cada vez mais drásticas e transformadoras. Depois de assumirem o trabalho braçal, na Revolução Industrial, as máquinas estão cada vez mais próximas de substituir o trabalho intelectual. 


Nos últimos anos, universidades, consultorias e especialistas lançaram previsões que apontam para a extinção de algumas profissões em uma ou duas décadas. Dentre elas, algumas que hoje representam importantes segmentos do mercado de trabalho, como operador de telemarketing e corretor de imóveis. Por outro lado, há quem acredite apenas na necessidade de adaptações dessas atividades às novas tecnologias.

Apesar de ter crescido mais de 200% nos últimos anos, segundo a Associação Brasileira de Telesserviços, e ter se tornado um dos maiores empregadores do Brasil, o serviço de telemarketing é uma das apostas mais frequentes nas listas de futuras extinções. Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, analisaram estatisticamente 702 profissões dos Estados Unidos e concluíram que é de 99% as chances de que operadores de telemarketing deixem de ser úteis até 2034. O estudo levou em conta o quanto cada atividade exige de criatividade, interação social, percepção espacial e atividades manuais complexas, que seriam os pontos fracos das máquinas.

Em geral, as previsões mais pessimistas com relação ao avanço tecnológico estão relacionadas a profissões operacionais, como operador de caixa, analista de crédito, porteiros. Várias dessas previsões de mercado consideram a atividade de intermediar negócios imobiliários como fadada à extinção. Isso porque a facilidade das relações comerciais promovida pelo avanço tecnológico, vem desburocratizando esse mercado.

No artigo que apresenta os resultados do estudo de Oxford, os pesquisadores sugerem que, para evitar que a tecnologia incremente os índices de desemprego, será necessário investir em educação para desenvolver nas pessoas habilidades criativas e sociais, que ainda não são informatizáveis.

A coach Gislene Isquierdo acrescenta a isso a necessidade de que os profissionais, qualquer que seja o ramo, acompanhem a evolução da tecnologia. "Por mais que algumas tarefas sejam dominadas por máquinas, sempre vai ser necessário alguém que manipule essas máquinas. Assim, o profissional que conhecer a tecnologia sempre vai ter emprego", afirma.



Bonde / Foto: Ilustrativa

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