Práticas abusivas cometidas por bancos têm se tornado cada vez mais comuns; saiba como se defender
ADAMANTINA
- As práticas abusivas cometidas por bancos têm se tornado cada vez
mais comuns e atingem clientes que muitas vezes não sabem como
identificá-las para denunciar.
As instituições bancárias sempre
estiveram entre os setores com maior número de queixas, por parte do
consumidor, contra cobranças indevidas e/ou abusivas, tais como: vendas
casadas de produtos de interesse do banco, altas taxas de juros e até a
habitual falta de clareza das informações prestadas aos clientes.
VÍTIMA
- Em Adamantina, uma mulher de 37 anos, foi vítima de prática abusiva
por parte de uma agência bancária da cidade. Moradora do Jardim Brasil
onde vive com o marido desempregado, a vítima prefere não se
identificar. O casal se sustenta, graças a um benefício concedido pelo
INSS, a mulher, no valor de um salário mínimo. O IMPACTO foi procurado
por um empresário – que auxilia o casal – que percebeu que a mulher
estava sendo lesada pelo banco.
“Aproveitam-se da ingenuidade da
cliente, portadora de problemas psicológicos, ao invés de orientá-la
corretamente para receber o beneficio integralmente [um salário mínimo],
um dos funcionários da agência induziu a vítima a abrir uma conta
corrente com todos os custos e tarifas, ainda concedeu-lhe um cartão de
crédito, cobrando anuidade e a convenceu de forma ilícita a adquirir um
Título de Capitalização (uma das piores aplicações financeiras que só
interessa ao banco)”, conta o empresário que prefere não se identificar.
Ele conta ainda que a atitude da funcionária da agência
acarretou prejuízo mensal de aproximadamente R$ 300 a mulher. “O
montante que a vítima recebe do INSS já não é suficiente para sua
alimentação e compra de medicamentos para tratamento da depressão,
ainda foi obrigada a deixar, parte de seu benefício para atender a
ganância de lucro dos banqueiros”, denuncia.
CANCELAMENTO
- Com a finalidade de solucionar o problema, o empresário se dirigiu
com o casal até a agência bancária e solicitou o cancelamento de todos
os 'benefícios' indevidos oferecidos pelo banco. “Sem devolver o valor
das taxas cobradas indevidamente, o gerente do banco reconheceu a
situação e imediatamente cancelou a conta corrente, o cartão de crédito e
prometeu devolver dentro de um ano os recursos captados através do
título de capitalização, não informando o valor a ser ressarcido”,
enfatiza.
ATENÇÃO REDOBRADA - O empresário solicita que
as pessoas que recebem benefícios em banco não se deixem enganar pelas
propostas de produtos oferecidos. “Não se deixem influenciar pela
insistência dos funcionários das agências. Em caso de dúvida procure o
Procon”, orienta.
OUTRO LADO - O IMPACTO procurou a ABBC
(Associação Brasileira de Bancos) para saber o posicionamento sobre o
caso, mas a assessoria informou que não poderia falar. Solicitou que
entrasse em contato com a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) . O
IMPACTO também procurou a Febraban, mas até o fechamento desta edição
não se posicionou sobre o assunto.
COMO SE DEFENDER - Caso você tenha dúvidas, ligue para o SAC, ouvidoria ou atendimentos eletrônicos e telefônicos – deve ser gratuito.
Caso você se sinta lesado, fale com o gerente da agência;
Caso alegue que não pode resolver, procure o Procon;
Você pode ainda fazer uma queixa à Ouvidoria do Banco Central;
Em casos de maior complexidade, procure um advogado;
Fonte: Rogério Pires _ Do GI Notícias
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