terça-feira, 22 de novembro de 2016

Como manter a chama da paixão


Qual o segredo para manter a chama da paixão?

Está é uma pergunta que muitos casais fazem, principalmente quando se queixam que o relacionamento esfriou e que já não é mais o mesmo do início do namoro. Mas será que é possível manter sempre a mesma “temperatura”?
Antes de responder a pergunta é preciso diferenciar dois conceitos utilizados como sinônimos: amor e paixão.
A paixão é a fase do encantamento de um casal.  Os apaixonados tornam-se bem humorados, eufóricos, cheios de energia e desejo. Tudo é maravilhoso. A idealização do outro é alta em virtude da distorção da percepção. Por isso que o apaixonado se satisfaz com o pouco que conhece do outro, não importando quem este outro seja.
 O tipo de vínculo na paixão é desmedido, irracional, caracterizando-se como primitivo e desorganizado. Há uma dependência física e psíquica, o que leva os apaixonados a querer ficar perto um do outro todo tempo possível. O apaixonado sonha o tempo todo. É uma fase deliciosa. O mundo fica encantador!
O que pouca gente sabe é que esta fase tem prazo de validade. Ela pode durar no máximo dois anos. Após este período pode ter dois caminhos: ou o relacionamento acaba ou transforma-se em outro estágio onde o casal tem uma sensação de segurança e tranquilidade. Isto é o amor. Ou uma de suas expressões.
Nesta fase a visão do parceiro mostra-se real e não idealizada. No entanto, o que parece ser a solução, é aqui que podem surgir os conflitos. Quando não há entre os dois uma estrutura saudável, as expectativas que um tem sobre o outro, quando não atendidas, transformam-se em cobranças. O que antes era excitante torna-se frustrante.
É preciso compreender que uma relação a dois é composta tanto pelos aspectos bons de cada um como também pelas suas limitações.  Isto faz parte de qualquer ser humano.
Gostar da sensação de estar com o par amoroso é delicioso. Mas apenas isto não é o suficiente para uma relação dar certo. É responsabilidade de cada um aperfeiçoar diariamente a relação, encontrando-se um no outro, descobrindo objetivos comuns, sem esquecer-se de levar em conta as diferenças de pensamentos.
 Respeito mútuo e muito diálogo são requisitos básicos, e fundamentais, para uma convivência longa e prazerosa. Do contrário, é melhor olhar pra dentro de si e redefinir seu próprio caminho do que estar numa relação que não mais te aquece.
Publicado originalmente em http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao

Jô Alvim é psicóloga clínica. Mestre em Educação (UNESP). Especialista em Neuropsicologia (USP) e Gestão de Pessoas (UNOPAR). Apaixonada por comportamento, é professora de Graduação e pós-graduação.     

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