As unidades abrigam mais de 700 crianças, com idades entre 0 e 10 anos. A secretária de Educação e Desenvolvimento Social, Patrícia Nery de Miranda, informou que, durante o período de suspensão, funcionários começaram a fazer limpeza e desinfecção em todos os ambientes dos prédios.
“Os casos apareceram há 20 dias e, imediatamente, demos início as ações, comunicando a secretaria de Saúde e ao prefeito”, disse.
Ela acrescentou que, na última quinta-feira (22), houve uma reunião com diversos setores do Executivo, Conselho Tutelar e com os pais dos alunos, onde foi decidido pela suspensão das aulas. “Mesmo com a interrupção, os estudantes não serão prejudicados, pois faremos a reposição destas aulas no início de julho”, destacou.
SEPARAÇÃO
Na segunda-feira (26), servidores separaram brinquedos, materiais e outros objetos para fazer a desinfecção das unidades. Os trabalhos continuarão, conforme o prefeito Flávio Giussani (PTB), após o retorno das aulas.
“Os professores estão sendo orientados a comunicar aos pais, caso alguma criança apareça com algum sintoma, para que seja encaminhada o mais rápido possível a uma unidade de saúde”, observou.
O chefe do Executivo explicou que, apesar do surto, não há motivos para preocupação por parte da população.
“Todas as crianças e os servidores estão passando por acompanhamento médico, e assim que os primeiros casos surgiram, fizemos um mapeamento dos locais onde havia maior propagação do vírus”, disse.
A unidade com maior número de casos é o CEI (Centro de Educação Infantil) Profª Ecyra Mucillo Garcia, que atende crianças de 0 a 3 anos. Até o momento, são 41 casos de conjuntivite - 34 alunos e oito funcionários -, seis confirmados de SMPB, e 12 suspeitos da doença.
“Nossa decisão de suspender as aulas acredito que seja inédita na região, pois o mais importante é que os alunos estejam recuperados”, afirmou Giussani.
Na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Adolfo Hecht, que atende crianças de 6 a 10 anos, foram confirmados 35 casos de conjuntivite entre os estudantes, um de mão-pé-boca e três suspeitos. Já na Emeb (Escola Municipal de Ensino Básico) Maria Goreti, 11 estudantes — com idades entre 4 e 6 anos — contraíram conjuntivite e quatro a SMPB.
Braúna também tem uma escola estadual, mas as aulas continuam normalmente na unidade.
SINTOMAS
A SMPB é uma infecção viral contagiosa muito comum em crianças, que é caracterizada por pequenas manchas nas mãos, pés e boca. Ela é, na maioria dos casos, uma doença branda e benigna, que desaparece espontaneamente após alguns dias sem causar nenhum tipo de complicação.
O maior problema costuma ser o risco de desidratação, pois a dor de garganta pode fazer com que a criança pare de aceitar alimentos e líquidos.
Além do aparecimento das manchas pelo corpo, outro sinal característico da doença é a febre alta. A transmissão da síndrome se dá pela via fecal ou oral por meio do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, bem como de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Não existe vacina contra a doença.
Já a conjuntivite é uma doença ocular que causa inflamação na parte branca do olho, uma membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e a parte interna das pálpebras.
São seis tipos de conjuntivite: alérgica, viral, bacteriana, fúngica e gonocócica e de inclusão. A inflamação pode afetar um ou os dois olhos, mas é comum que ambos sejam afetados e costuma durar entre uma e duas semanas. O tratamento pode ser feito com compressas de soro fisiológico e colírios indicados pelo médico, além de ser muito importante limpar os olhos com frequência.
Folha da Região
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