Vítimas dizem acreditar que falso pedido para depósito em dinheiro tenha sido feito por um estelionatário, que fez clonagem do aplicativo de conversas pela internet.
Por G1 , Presidente Prudente - SP
G1 mostra como golpe funciona: Bandidos clonam aplicativo e passam a pedir dinheiro para os contatos gravados na agenda de telefone celular da vítima. (Foto: Reprodução/TV Mirante) |
Um homem, de 42 anos, e sua mulher,
caíram num golpe aplicado via WhatsApp na tarde desta segunda-feira (7),
em Presidente Prudente.
No boletim de ocorrência registrado pelo
homem consta que a esposa dele recebeu uma mensagem da sobrinha pelo
aplicativo solicitando um depósito de R$ 850 a ser feito em uma conta
corrente.
Ele disse que a sobrinha estava
solicitando o depósito porque, de acordo com a mensagem, ela não estaria
conseguindo realizar a operação bancária. E que posteriormente,
efetuaria o pagamento para os tios.
Após receber as informações do depósito,
a tia entrou em contato novamente com a sobrinha informando que a
operação havia sido concretizada, mas recebeu a resposta que nenhuma
solicitação de depósito de dinheiro havia sido feita por ela.
As duas, então, descobriram que o número
da sobrinha havia sido clonado, e o pedido de dinheiro teria sido feito
por um estelionatário.
A Polícia Civil vai investigar o caso.
Outros casos
Em setembro e outubro do ano passado, o
G1 noticiou uma série de golpes aplicados através da clonagem de
WhatsApp em Presidente Prudente e região.
Em um dos casos, uma mulher perdeu R$ 2 mil.
Dias antes, um médico e um admistrador de empresas tiveram prejuízos de R$ 6 mil.
A Polícia Civil estima que o número de casos deve ser maior, porque há quem não faça o registro das ocorrências.
Além dos golpes efetivados, há boletins de ocorrência confeccionados também para denunciar diversas tentativas de estelionato.
Como funciona
Os golpes são aplicados da seguinte
maneira (segundo os boletins de ocorrência registrados na Polícia Civil
de Presidente Prudente):
1- A pessoa tem o WhatsApp clonado.
2- Em nome dessa vítima que teve o
aplicativo clonado, os estelionatários passam a pedir dinheiro para
diversos contatos gravados na agenda do telefone e que também têm o
WhatsApp.
3- Geralmente, os criminosos, se
passando por essa pessoa que teve o WhatsApp clonado, dizem que precisam
fazer uma transferência bancária (ou um depósito em dinheiro) com
urgência para uma terceira pessoa. Eles indicam nome, a agência, o banco
e o número de uma conta para que o dinheiro seja enviado. E dizem, que
posteriormente, vão fazer o reembolso o mais breve possível.
4- Como a foto e o nome da pessoa que
teve o celular clonado permanecem os mesmos, as vítimas acabam confiando
no pedido, e muitas delas, atendem aos pedidos e fazem o depósito (ou a
transferência). Geralmente, quem deposita é uma pessoa de extrema
confiança daquela que teve o WhatsApp clonado. Quanto maior o grau de
parentesco e intimidade, maiores são as chances de se cair no golpe.
5- Assim que o depósito ou transferência
bancária são realizados, os criminosos vão rapidamente a um caixa
eletrônico e efetuam o saque da quantia, evitando que, por exemplo, uma
transferência bancária online seja cancelada.
6- Normalmente, essas contas bancárias
usadas para receber o dinheiro são abertas irregularmente. Assim, não é
possível saber, portanto, o verdadeiro "dono" da conta, dificultando o
trabalho de investigação da polícia.
7- O "esquema" dos bandidos é cada vez
mais facilitado a partir do momento que as pessoas indicam em suas
agendas telefônicas, os nomes e os graus de parentesco dos contatos. Por
isso, a polícia orienta a não gravar nomes nas agendas que podem "dar
dicas" aos bandidos, como "mãe", "pai", "amor", "tio (a), irmão (ã)",
"cunha", "cunhado (a)" Etc.
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