quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Ferrovias: Rumo ALL e UEPP divergem sobre cenário na região

Desde que a malha ferroviária que passa pela região de Presidente Prudente foi desativada, na primeira década dos anos 2000, a operação do trecho foi se dizimando. De lá para cá, as discussões sobre a reativação da ferrovia foram ganhando mais força, principalmente a partir de abril de 2015, quando houve a fusão da Rumo com a extinta ALL (América Latina Logística), hoje denominada Rumo ALL, e a empresa recebeu a concessão viária. Pela falta do serviço de transporte prestado até hoje, a UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente) tem batido cada vez mais em cima, com cobranças a uma resolução do “problema”. Ambas as partes divergem sobre a situação ferroviária do trecho.
Nos últimos meses, o entrave entre a empresa e a entidade se acentuou. A UEPP, por sua vez, representada pelo presidente Marcos Antônio Carvalho Lucas, entende que “na prática não estão fazendo nada, além de procrastinar”. Com isso, ele busca citar as reuniões semestrais que a Rumo ALL faz na região.
Aliás, no último encontro realizado, a UEPP negou-se a participar, pois ainda de acordo com o presidente, “não haviam respostas dos questionamentos feitos pela entidade”. Questionamentos esses tais como “apresentar uma proposta concreta e com preço viável para o funcionamento do transporte ferroviário”, completa Marcos. Segundo ele, o valor de R$ 155,00 por tonelada - último apresentado pela concessionária - não é o ideal, pois o serviço rodoviário, com caminhões, “é mais barato: R$ 110”, bem como o valor praticado no Rio Grande do Sul, de R$ 70,00 por tonelada.
Por outro lado, a Rumo reafirma que vem cumprindo o seu papel de concessionária ferroviária de cargas. A empresa reafirma ainda que realiza, “como já é de conhecimento de todos os interessados, encontros semestrais em Presidente Prudente”. Nestas reuniões a empresa diz que apresenta soluções de transporte para a região, de acordo com a demanda captável.
Sobre propostas e acordos, sempre se ofereceu para firmar contratos comerciais de longo prazo com possíveis interessados, ainda conforme a Rumo. “Até o momento não foi recebida nenhuma proposta solidamente viável em contratar a longo prazo o transporte de mercadorias, que é um requisito fundamental para a subsistência deste tipo de transporte”, pontua
Alta Paulista

A mesma postura é mantida na região da Alta Paulista. A retomada do transporte apenas de mercadorias no trecho entre Bauru e Panorama, passando por Tupã, continua só na promessa.
A expectativa é que, agora, com a mudança no governo federal, a situação mude, a partir da oferta da concessão do trecho, se possível no mercado inter-nacional, o que fará acirrar a concorrência.

Fonte: diariotupa.com.br

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