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Os veterinários formados
em cursos a distância não poderão exercer a profissão no país. Uma
resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) publicada
nesta segunda-feira (25) no Diário Oficial da União impede que esses
profissionais se inscrevam nos Conselhos Regionais de Medicina
Veterinária (CRMVs). Sem esse registro, eles não podem atuar no Brasil.
A normativa estabelece
ainda que diretores, gestores e professores médicos veterinários que
contribuírem para a oferta dos cursos a distância ou que ministrarem
disciplinas nessa modalidade estão sujeitos à respectiva
responsabilização ético-disciplinar.
As punições podem chegar até à cassação do registro profissional. O texto foi aprovado por unanimidade em reunião plenária do CFMV na última quinta-feira (21).
As punições podem chegar até à cassação do registro profissional. O texto foi aprovado por unanimidade em reunião plenária do CFMV na última quinta-feira (21).
Para o conselho, os
cursos a distância não são capazes de ofertar formação de qualidade. Em
nota, o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, diz que o
curso de medicina veterinária demanda inúmeras atividades práticas e de
campo, como anatomia, fisiologia, clínica, cirurgia, patologia, análises
laboratoriais, entre outras operacionais e de manejo técnico, cuja
aprendizagem só ocorre por meio de aulas presenciais.
Cavalcanti ressalta que a
educação inadequada gera prejuízos à formação profissionalizante e
impacta diretamente os serviços prestados à sociedade. “Como órgão que
fiscaliza o exercício profissional, queremos zelar pela qualidade do
mercado de trabalho e pela saúde da população”, afirma o presidente na
nota.
Faculdades irão recorrer
Responsáveis pela oferta
da maior parte dos cursos a distância no país, instituições privadas de
ensino superior representadas pela Associação Brasileira de Mantenedoras
de Ensino Superior (Abmes) irão solicitar que o CFMV revogue a
resolução. Segundo o assessor jurídico da Abmes, Bruno Coimbra, caso
isso não ocorra, o caso será levado à Justiça.
Segundo Coimbra, os
cursos seguem as determinações do Ministério da Educação (MEC) para
funcionarem e não cabe ao conselho restringir a atuação dos
profissionais formados a distância.
Coimbra diz que não há
nenhum curso de medicina veterinária que seja totalmente a distância, e
os estudantes participam de atividades presenciais. “Toda atividade
obrigatoriamente presencial, sem a qual não se vislumbra a necessidade
de formação adequada, tem que ser dada [presencialmente] no curso EaD
[ensino a distância]. Tem curso com mais de 50% da carga horária feita
presencialmente”, diz.
De acordo com o
Ministério da Educação (MEC), há 13 cursos a distância de medicina
veterinária autorizados no país, sendo que quatro estão em atividade.
Eles representam menos de 4% do total de 380 cursos registrados no
sistema do MEC.
Apesar do baixo número,
Coimbra diz que é necessário garantir que os estudantes tenham a
formação reconhecida. “Vale a briga não só pela medicina veterinária,
vale a briga para desmistificar esse preconceito de que o curso a
distância não dá garantia da formação. A gente está falando de oferta
que respeita a regulação”.
Cursos a distância
A autorização de cursos
de graduação é uma atribuição do MEC. A pasta estabelece que até 30% da
carga horária total dos cursos EaD devem ser ofertadas presencialmente.
Além disso, devem ser respeitadas a carga horária referente ao estágio
obrigatório e as especificidades previstas nas respectivas Diretrizes
Curriculares Nacionais do curso.
No caso de medicina
veterinária, é necessário ofertar presencialmente as disciplinas ou
unidades curriculares vinculadas ao exercício profissional da medicina
veterinária e seus conteúdos teórico-práticos. Portanto, as disciplinas
nas áreas de Saúde Animal, Clínica e Cirurgia Veterinárias, Medicina
Veterinária Preventiva, Saúde Pública, Zootecnia, Produção Animal e
Inspeção e Tecnologia de Produtos de Origem Animal devem ser ministradas
presencialmente.
Em relação aos cursos
presenciais, o MEC permite que o 20% das aulas sejam ofertadas on-line.
Esse é o limite defendido pelo CFMV, que ressalta que essas disciplinas
devem se restringir aos conteúdos meramente teóricos.
Fonte: https://www.agrosoft.com/2019/02/veterinarios-formados-a-distancia-nao-terao-registro-profissional/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+agrosoft+%28Agrosoft+Brasil%29
Fonte: https://www.agrosoft.com/2019/02/veterinarios-formados-a-distancia-nao-terao-registro-profissional/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+agrosoft+%28Agrosoft+Brasil%29
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