Vendedor afirmou que aeronave se aproximou perigosamente da casa dele, no Jardim Prudentino, chegando a ficar a uma distância entre dois e três metros do telhado.
Por João Alberto Pedrini, Gelson Netto e Wellington Roberto, G1 Presidente Prudente
Porta entortou com a força dos ventos gerados pelo helicóptero — Foto: Cedida/Thiago de Oliveira Costa |
O vendedor Thiago de Oliveira Tosta, de 40 anos, registrou nesta
quinta-feira (21) um Boletim de Ocorrência na Delegacia Participativa de
Presidente Prudente
para relatar que um helicóptero quase causou um acidente na residência
dele, localizada na Rua Luiz Olivetti, no Jardim Prudentino.
Segundo o registro policial, o homem disse que o helicóptero “parou
devidamente ligado” sobre a casa dele, durante um voo. Segundo o
vendedor, a força dos ventos causados pelas hélices foram tão fortes que
chegou a “sugar” a porta da sala.
Ele disse ao G1
na manhã desta sexta-feira (22) que estavam na casa a mulher, Maria das
Graças Santos Tosta, de 46 anos, e os dois filhos pequenos, de sete e
11 anos.
No Boletim de Ocorrência, consta que, em contato com um funcionário do
aeroporto, Thiago constatou que o helicóptero era da Energisa,
concessionária de energia que atua na região de Presidente Prudente.
Thiago disse ainda ao G1 que
vizinhos viram o helicóptero sobrevoando, em baixa altitude, várias
residências do bairro. Testemunhas disseram a ele que o helicóptero
estava filmando, aparentemente, a rede elétrica do Jardim Prudentino.
O vendedor relatou ao G1 que a esposa dele afirmou que o helicóptero chegou a parar a cerca de dois a três metros do telhado da casa.
A “manobra arriscada”, de acordo com ele, assustou sua família.
“Minha mulher me ligou, assustada. Meus meninos estavam na sala na hora que a porta foi ‘sugada’. Eles correram para o quarto, assustados. Acharam que eram tiros, já que todo mundo imaginou que era um helicóptero da polícia. Por sorte, ninguém ficou ferido”, disse Thiago ao G1.
O vendedor afirmou que deixou o trabalho para ir até a casa dele, após o ocorrido. Ele acionou a Polícia Militar.
Thiago disse que a manobra do helicóptero poderia ter causado um grave
acidente e que, agora, pretende procurar a Justiça: “Vou fazer tudo o
que eu puder”.
Ele salientou que a manobra colocou em risco a vida da mulher e dos filhos.
“Saí do meu trabalho, correndo. Minha esposa me ligou e achei até que era o helicóptero da Polícia Militar”, disse.
O caso, que foi tratado pela Polícia Civil como um registro "não criminal", ocorreu por volta das 10h30.
Em contato com a Energisa, por telefone, Thiago diz ter sido informado
de que a empresa tem dez dias para avaliar o caso e, depois, mais três
meses para ressarcir qualquer eventual prejuízo.
A Polícia Civil informou ao G1 na tarde desta sexta-feira (22) que o caso será encaminhado à Central de Polícia Judiciária (CPJ).
Vista da porta pela parte de dentro — Foto: Cedida/Thiago de Oliveira Costa |
Outro lado
Em nota ao G1 na
tarde desta sexta-feira (22), a Energisa informou que realiza
periodicamente vistorias no sistema elétrico na sua área de concessão
para a identificação de pontos de manutenção.
“Alguns desses procedimentos de inspeção são feitos com apoio de
aeronaves (helicópteros) que usam equipamentos especiais capazes de
localizar com mais precisão os trechos que necessitam de intervenção”,
salientou a empresa ao G1.
A Energisa também pontuou ao G1 que
“todas operações, como o que foi realizada na quinta-feira (21), nas
imediações do bairro Jardim Prudentino, onde há uma linha de
distribuição de 138 mil volts, são realizadas obedecendo as regras
previstas pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), quanto a
altitude, o controle do tráfego aéreo e a segurança de voo”.
“A distribuidora lamenta os possíveis transtornos que o procedimento
possa ter causado na região e ressalta que fará uma visita ao cliente
para avaliar o ocorrido e estudar as medidas adequadas para o caso”,
concluiu a Energisa ao G1.
Porta entortou com a força dos ventos gerados pelo helicóptero — Foto: Cedida/Thiago de Oliveira Costa |
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