sábado, 8 de junho de 2019

Justiça mantém prisão de estudante de biomedicina suspeita de vender bolo de maconha em festas universitárias

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A Justiça de Botucatu (SP) manteve a prisão nesta quinta-feira (6) da estudante de biomedicina, de 20 anos, que foi presa suspeita de tráfico de drogas por produzir e vender em festas universitárias bolinhos doces feitos à base de THC, o princípio ativo da maconha.
A decisão foi definida em audiência de custódia realizada no Fórum de Botucatu. Segundo a sentença da Justiça, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva por conta do caráter do delito, que é o tráfico de drogas.
Após a audiência, a estudante foi transferida para o presídio feminino de Pirajuí.

Investigação

Segundo a Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise), a jovem era investigada desde outubro do ano passado, quando a Polícia Civil recebeu a denúncia sobre a venda do bolo, que era conhecido nas festas de estudantes da cidade como “brownie mágico”.
O delegado Paulo Buchignani, titular da Dise, explicou que a estudante utilizava conhecimentos adquiridos em seu curso para produzir uma manteiga e um óleo à base do Tetraidrocanabinol (THC), ingredientes com os quais ela produzia os brownies, que eram vendidos a R$ 5 cada um.
Segundo a polícia, a estudante teria afirmado em seu depoimento que também fazia uma espécie de “pesquisa de satisfação” com seus clientes pelas redes sociais para consultar a qualidade de seu produto.

Flagrante

Após a investigação, policiais da Dise foram à casa da estudante na quarta-feira (5) e a prenderam em flagrante com a manteiga e o óleo de THC, ingredientes que seriam usados para a produção de um novo lote de brownies. A polícia também apreendeu 10 gramas de maconha.
O delegado disse ainda que a estudante confessou que fazia o bolinho não pelo dinheiro, mas para “ganhar status” entre os colegas de universidade. O dinheiro arrecadado era usado para comprar mais maconha e os ingredientes utilizados para a confecção dos bolos.
De acordo com o delegado, outros suspeitos são investigados de participação neste esquema de produção e venda de brownies. A estudante foi autuada por tráfico de drogas, que prevê pena de cinco a 15 anos de prisão.

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