A
Justiça de Botucatu (SP) manteve a prisão nesta quinta-feira (6) da
estudante de biomedicina, de 20 anos, que foi presa suspeita de tráfico
de drogas por produzir e vender em festas universitárias bolinhos doces
feitos à base de THC, o princípio ativo da maconha.
A
decisão foi definida em audiência de custódia realizada no Fórum de
Botucatu. Segundo a sentença da Justiça, a prisão em flagrante foi
convertida em prisão preventiva por conta do caráter do delito, que é o
tráfico de drogas.
Após a audiência, a estudante foi transferida para o presídio feminino de Pirajuí.
Investigação
Segundo
a Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes (Dise), a jovem era
investigada desde outubro do ano passado, quando a Polícia Civil recebeu
a denúncia sobre a venda do bolo, que era conhecido nas festas de
estudantes da cidade como “brownie mágico”.
O
delegado Paulo Buchignani, titular da Dise, explicou que a estudante
utilizava conhecimentos adquiridos em seu curso para produzir uma
manteiga e um óleo à base do Tetraidrocanabinol (THC), ingredientes com
os quais ela produzia os brownies, que eram vendidos a R$ 5 cada um.
Segundo
a polícia, a estudante teria afirmado em seu depoimento que também
fazia uma espécie de “pesquisa de satisfação” com seus clientes pelas
redes sociais para consultar a qualidade de seu produto.
Flagrante
Após
a investigação, policiais da Dise foram à casa da estudante na
quarta-feira (5) e a prenderam em flagrante com a manteiga e o óleo de
THC, ingredientes que seriam usados para a produção de um novo lote de
brownies. A polícia também apreendeu 10 gramas de maconha.
O
delegado disse ainda que a estudante confessou que fazia o bolinho não
pelo dinheiro, mas para “ganhar status” entre os colegas de
universidade. O dinheiro arrecadado era usado para comprar mais maconha e
os ingredientes utilizados para a confecção dos bolos.
De
acordo com o delegado, outros suspeitos são investigados de
participação neste esquema de produção e venda de brownies. A estudante
foi autuada por tráfico de drogas, que prevê pena de cinco a 15 anos de
prisão.
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