O
Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu nesta quinta-feira (13)
que o uso de simuladores na formação de motoristas não será mais
obrigatório. Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas,
que preside o Contran, o uso do simulador será opcional.
A
mudança, que havia sido defendida pelo presidente Jair Bolsonaro em
fevereiro, começa a valer em 90 dias. Na avaliação de Freitas, a
retirada dos simuladores vai reduzir a burocracia e baixar, em até 15%, o
custo para tirar a CNH.
Com
fim da obrigatoriedade, a quantidade de horas-aula que o novo motorista
tem que cumprir antes de retirar a carteira cairá de 25 para 20 horas.
Segundo
o ministro, quando a exigência do simulador começou a vigorar o aluno
passou a ter que fazer 25 horas de aula, sendo que 5 horas no simulador.
Segundo
o secretário-executivo do Conselho, Jerry Dias, o condutor que optar
por usar o simulador agora poderá fazer até 5 horas-aula no equipamento.
Assim, ele seria obrigado a fazer pelo menos 15 horas de aula prática
no veículo.
“São
15 horas obrigatórias no veículo. Ele pode fazer 20 horas no veículo
ou, no mínimo, 15 horas no veículo, complementando com 5 horas no
simulador”, disse.
Dias
afirmou ainda que hoje o Contran tem mais de 100 resoluções tratando da
formação de condutores e que o conselho quer reduzi-las.
Eficácia
“O
simulador não tem eficácia comprovada, ninguém conseguiu comprovar que é
importante para o condutor. Nos países ao redor do mundo não é
obrigatório, mesmo em países com excelentes níveis de segurança no
trânsito”, disse o ministro da Infraestrutura.
O
secretário-executivo do ministério, Marcelo Sampaio, espera que
auto-escolas que saíram do mercado possam voltar com o fim do simulador,
o que também deve contribuir para baixar os custos para tirar
habilitação.
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