quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Médico cubano continuará trabalhando na S. Casa e Pronto Atendimento de Junqueirópolis

 


O médico Andy Delgado Verdecia, na Santa Casa de Junqueirópolis, nesta sexta, 16

Junqueirópolis em Dia


O médico cubano  Andy Carlos Delgado Verdecia, 32,  continuará atendendo no Pronto Atendimento Municipal e Santa Casa de Junqueirópolis, após a medida que cancelou o programa Mais Médicos entre Cuba e Brasil, na última quinta-feira, 15/11. Andy realizou o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeira, conhecido como Revalida e hoje  já não tem não tem mais vínculos com o Programa Mais Médicos, no qual trabalhou durante três anos.

Após obter o Revalida, Andy Delgado passou a trabalhar de forma independente. Na região, começou em Flora Rica e hoje também presta atendimentos na Santa Casa e Pronto Socorro de Junqueirópolis e  cidades de Pacaembu e Adamantina.

É casado com uma brasileira, possui uma filha de um ano e cinco meses e reside com a família em Flora Rica. “Cidade que a população ajudou e nos  acolheu somos gratos a isso”, pondera.

O médico atende na Santa Casa e no Pronto Socorro  de Junqueirópolis desde novembro de 2017. No Pronto Socorro permanece às quartas-feiras, das 7h às 19h. “Dependendo da necessidade também nos plantões e finais de semanas”, explica. Na Santa Casa, trabalha no setor de clínica geral.

A gestora do Pronto Atendimento, Elisandra Fernandes de Souza,  ressalta o trabalho do médico na unidade de saúde. “Prestativo, atencioso com os pacientes, excelente profissional, estamos felizes  por continuar conosco”, pontuou. O médico é formado pela Faculdade de Medicina localizada na cidade Manzanillo, na província Granma, em Cuba.

DECISÃO – Apesar de não estar trabalhando mais para o Mais Médicos, Andy Delgado concorda com o governo brasileiro em  exigir o revalida, valorizar o salário (pagamento do salário integral) e autorizar que  as famílias também possam residir no Brasil.

REVALIDA – Sobre o revalida, avalia que os profissionais  interessados devem se adaptar às condições do país onde irão trabalhar.

O que ele não concorda  foi a forma como o presidente eleito, Jair Bolsonaro fez o comunicado do rompimento do contrato do Mais Médicos por parte do governo cubano nesta quarta-feira, 14/11.“Foi de forma muito tempestiva e colocando em dúvida o profissionalismo dos médicos cubanos”, referiu-se.

Sobre a questão salarial, ele explica que os médicos cubanos do Programa Mais Médicos, trabalham muito e ganham pouco, uma vez que o repasse para os profissionais é somente 30% do salário integral pago pelo governo brasileiro. Os 70% ficam com o governo cubano.

De acordo com o portal Yahoo, o valor pago, atualmente, é de R$ 11.865,60 (houve reajuste no início deste ano). Os cubanos, contudo, recebem cerca de R$ 3.000. O governo brasileiro arca com o valor total da bolsa, mas o governo de Cuba fica com a maior parte.

IMPACTO NA REGIÃO- Adamantina será uma das cidades da região mais afetadas com o cancelamento do Programa. Dez médicos cubanos que atendem no município devem deixar a cidade nos próximos dias.
O médico possui o Revalida e trabalhou no Mais Médicos por três anos

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