O médico Andy Delgado Verdecia, na Santa Casa de Junqueirópolis, nesta sexta, 16
Junqueirópolis em Dia
Junqueirópolis em Dia
O médico cubano Andy Carlos Delgado
Verdecia, 32, continuará atendendo no Pronto Atendimento Municipal e
Santa Casa de Junqueirópolis, após a medida que cancelou o programa Mais
Médicos entre Cuba e Brasil, na última quinta-feira, 15/11. Andy
realizou o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos
por Instituições de Educação Superior Estrangeira, conhecido como
Revalida e hoje já não tem não tem mais vínculos com o Programa Mais
Médicos, no qual trabalhou durante três anos.
Após obter o Revalida, Andy Delgado
passou a trabalhar de forma independente. Na região, começou em Flora
Rica e hoje também presta atendimentos na Santa Casa e Pronto Socorro de
Junqueirópolis e cidades de Pacaembu e Adamantina.
É casado com uma brasileira, possui uma
filha de um ano e cinco meses e reside com a família em Flora Rica.
“Cidade que a população ajudou e nos acolheu somos gratos a isso”,
pondera.
O médico atende na Santa Casa e no
Pronto Socorro de Junqueirópolis desde novembro de 2017. No Pronto
Socorro permanece às quartas-feiras, das 7h às 19h. “Dependendo da
necessidade também nos plantões e finais de semanas”, explica. Na Santa
Casa, trabalha no setor de clínica geral.
A gestora do Pronto Atendimento,
Elisandra Fernandes de Souza, ressalta o trabalho do médico na unidade
de saúde. “Prestativo, atencioso com os pacientes, excelente
profissional, estamos felizes por continuar conosco”, pontuou. O médico
é formado pela Faculdade de Medicina localizada na cidade Manzanillo,
na província Granma, em Cuba.
DECISÃO – Apesar de não estar
trabalhando mais para o Mais Médicos, Andy Delgado concorda com o
governo brasileiro em exigir o revalida, valorizar o salário (pagamento
do salário integral) e autorizar que as famílias também possam residir
no Brasil.
REVALIDA – Sobre o revalida, avalia que os profissionais interessados devem se adaptar às condições do país onde irão trabalhar.
O que ele não concorda foi a forma como
o presidente eleito, Jair Bolsonaro fez o comunicado do rompimento do
contrato do Mais Médicos por parte do governo cubano nesta quarta-feira,
14/11.“Foi de forma muito tempestiva e colocando em dúvida o
profissionalismo dos médicos cubanos”, referiu-se.
Sobre a questão salarial, ele explica
que os médicos cubanos do Programa Mais Médicos, trabalham muito e
ganham pouco, uma vez que o repasse para os profissionais é somente 30%
do salário integral pago pelo governo brasileiro. Os 70% ficam com o
governo cubano.
De acordo com o portal Yahoo, o valor
pago, atualmente, é de R$ 11.865,60 (houve reajuste no início deste
ano). Os cubanos, contudo, recebem cerca de R$ 3.000. O governo
brasileiro arca com o valor total da bolsa, mas o governo de Cuba fica
com a maior parte.
IMPACTO NA REGIÃO- Adamantina
será uma das cidades da região mais afetadas com o cancelamento do
Programa. Dez médicos cubanos que atendem no município devem deixar a
cidade nos próximos dias.
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O médico possui o Revalida e trabalhou no Mais Médicos por três anos
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