A equipe da Central de Polícia Judiciária de Assis foi acionada pela Polícia
Militar, para atender uma ocorrência de Homicídio
Qualificado, no dia 23 de julho do corrente ano, relacionada aos RDOs nº 2169/2018 e 2191/2018. A vítima foi encontrada já sem
vida, com o corpo parcialmente queimado, na zona rural desta cidade.
Posteriormente, o laudo de exame de corpo de delito necroscópico concluiu que
as queimaduras foram produzidas após a morte e que a causa da morte foi asfixia
mecânica por esganadura. Logo após o
encontro do corpo da vítima, o setor de investigações desta Delegacia
Especializada passou a realizar diversas diligências de campo, buscando
identificar testemunhas, câmeras de monitoramento nas proximidades da residência
da vítima e do local onde o corpo foi abandonado, as quais aliadas ao trabalho
de investigação, foram imprescindíveis para a identificação, esclarecimento e
prisão dos investigados. Preliminarmente foram inquiridas algumas testemunhas e
os investigados N. F. O. A., C. F. S., J. C. M. e J. C. M. foram presos
temporariamente, sendo dois homens e duas mulheres respectivamente. Ocorre que
após as prisões, através de fatos relatados por algumas testemunhas, não restou
comprovado o envolvimento de C. F. S., J. C. F e J. C. M., razão pela qual foi representado
pelo pedido de revogação de suas prisões. Por sua vez, N. F. O. A. desde o
inicio das investigações mentiu e ocultou a verdade, inclusive ao alegar um
álibi, que acabou não se sustentando e deixando claro seu envolvimento no
crime. Imagens captadas por câmeras de segurança de residências vizinhas a casa
da vítima, confirmaram que na madrugada do crime N. F. O. A. esteve nas
imediações, fato também confirmado por uma testemunha. Dando prosseguimento nas
investigações, foi identificado E. A. V. P, moto taxista, que juntamente com N. F. O. A. foram os últimos a manter contato
com a vítima. Desde o inicio E. A. V. P. faltou com a verdade e apresentou
várias versões, no entanto ficou claro que conhecia muito bem a vítima e em uma
das oitivas relatou que esteve com ela na madrugada do crime, descrevendo
exatamente a roupa que ela trajava. Ressalta-se que um dia antes do crime, N.
F. O. A. e E. A. V. P. foram vistos fumando maconha com a vítima na esquina da
casa dela, reforçando ainda mais o vinculo entre eles. Também foram
identificadas câmeras de segurança no local onde o corpo da vítima foi
encontrado, sendo captadas imagens de um veículo equipado aparentemente com
aerofólio, igual ao utilizado no veículo de E. A. V. P., o qual foi apreendido
e periciado. No interior do porta malas foram encontrados fios de cabelo e uma
mancha no carpete detectada por luz forense, a qual está sendo analisada pelo
Instituto de Criminalística de São Paulo. Durante as investigações ficou claro
o envolvimento de N. F. O. A. e E. A. V. P. no crime, sendo a motivação o ciúme
doentio que N. F. O. A. nutria em relação ao seu namorado C. F. S., fato
confirmado na madrugada do crime, quando N. F. O. A. foi até a rua da casa da
vítima com a intenção de surpreendê-los. Os investigados negaram a pratica do
crime. Diante das provas acostadas nos autos, as prisões temporárias dos
investigados N. F. O. A. e E. A. V. P. foram convertidas em prisões
preventivas, os quais permanecem à disposição da justiça. (Informações da Polícia Civil - Deinter 8 CS)
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