Por Kako Oliveira
Foto divulgação |
Há mais de 10 anos o Polo Regional de Adamantina da APTA
desenvolve pesquisas para selecionar clones de café robusta adaptados as
condições paulistas
Café robusta tem alta qualidade e é opção de cultivo para pequenos produtores do Estado de São Paulo. São essas as informações que a APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, quer passar na Agrishow 2019. A APTA tem desenvolvido pesquisas para viabilizar a produção do café robusta em São Paulo com alta qualidade de bebida, ideal para a indústria de torrefação e para produção das chamadas bebidas 3 em 1, como os cappuccinos. Os trabalhos da Agência estarão expostos no estande da Secretaria de Agricultura na Feira, no espaço Café de São Paulo. Para desmitificar a fama de café de má qualidade, o público poderá degustar bebida preparada com robusta de São Paulo durante a Agrishow.
De acordo com o pesquisador da APTA, Fernando Takayuki Nakayama, há mais de 10 anos o Polo Regional de Adamantina da APTA e o Instituto Agronômico (IAC-APTA) desenvolvem pesquisas para selecionar clones de café robusta adaptados as condições paulistas. A ideia é incentivar o cultivo de alta qualidade para atender a indústria de torrefação. “Atualmente, os maiores produtores desse tipo de café são Espírito Santo e Rondônia. Porém, grande parte da produção desses Estados vem para São Paulo para ser processada na indústria ou para ser exportada. Diante desse cenário, por que não produzir robusta em terras paulistas?”, questiona o pesquisador.
Nakayama explica que é inquestionável o crescimento comercial do café robusta. Sua participação na produção mundial saltou de 18% na década de 60 para 40% nos dias atuais. Este tipo de café é ideal para a produção de café solúvel, considerado a porta de entrada para o universo do café em países que tradicionalmente consomem chá. “O consumo de café solúvel cresce 10% ao ano em países emergentes como China e Indonésia, sem mencionar os produtores, como México, que são grandes consumidores de solúvel. Além disso, é maciçamente utilizado nos blends com o café arábica, em cafés populares, gourmets e expressos”, explica.
Os trabalhos desenvolvidos pela APTA com café robusta são realizados em conjunto com cinco pequenos produtores do Oeste Paulista, região com temperaturas médias de 23ºC e altitude de 400 metros, consideradas ideais para o cultivo desse tipo de café. “O café arábica não vai bem nessa região, pois deve ser cultivado em altitudes mais elevadas, já que esta espécie se originou em altitudes entre 1500 e 2000 metros, além de temperaturas amenas. O robusta traz uma nova opção de renda para pequenos produtores da região de Adamantina. As pesquisas são feitas em parceria com a empresa Treviolo Café”, afirma Nakayama.
A demanda aquecida pelo produto tem impactado positivamente o preço pago aos produtores, principalmente para os cafés robustas produzidos em São Paulo. “Os produtores paulistas conseguiram vender sua produção a um valor acima da cotação geral do Espírito Santo. Isso de deve à melhor qualidade, mas também a logística. Para trazer o robusta do Espírito Santo e de Rondônia para São Paulo, as empresas chegam a gastar R$ 100 por saca. Com isso, elas preferem pagar mais pelo produto de boa qualidade produzido pelos paulistas”, diz o pesquisador.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Café robusta tem alta qualidade e é opção de cultivo para pequenos produtores do Estado de São Paulo. São essas as informações que a APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, quer passar na Agrishow 2019. A APTA tem desenvolvido pesquisas para viabilizar a produção do café robusta em São Paulo com alta qualidade de bebida, ideal para a indústria de torrefação e para produção das chamadas bebidas 3 em 1, como os cappuccinos. Os trabalhos da Agência estarão expostos no estande da Secretaria de Agricultura na Feira, no espaço Café de São Paulo. Para desmitificar a fama de café de má qualidade, o público poderá degustar bebida preparada com robusta de São Paulo durante a Agrishow.
De acordo com o pesquisador da APTA, Fernando Takayuki Nakayama, há mais de 10 anos o Polo Regional de Adamantina da APTA e o Instituto Agronômico (IAC-APTA) desenvolvem pesquisas para selecionar clones de café robusta adaptados as condições paulistas. A ideia é incentivar o cultivo de alta qualidade para atender a indústria de torrefação. “Atualmente, os maiores produtores desse tipo de café são Espírito Santo e Rondônia. Porém, grande parte da produção desses Estados vem para São Paulo para ser processada na indústria ou para ser exportada. Diante desse cenário, por que não produzir robusta em terras paulistas?”, questiona o pesquisador.
Nakayama explica que é inquestionável o crescimento comercial do café robusta. Sua participação na produção mundial saltou de 18% na década de 60 para 40% nos dias atuais. Este tipo de café é ideal para a produção de café solúvel, considerado a porta de entrada para o universo do café em países que tradicionalmente consomem chá. “O consumo de café solúvel cresce 10% ao ano em países emergentes como China e Indonésia, sem mencionar os produtores, como México, que são grandes consumidores de solúvel. Além disso, é maciçamente utilizado nos blends com o café arábica, em cafés populares, gourmets e expressos”, explica.
Os trabalhos desenvolvidos pela APTA com café robusta são realizados em conjunto com cinco pequenos produtores do Oeste Paulista, região com temperaturas médias de 23ºC e altitude de 400 metros, consideradas ideais para o cultivo desse tipo de café. “O café arábica não vai bem nessa região, pois deve ser cultivado em altitudes mais elevadas, já que esta espécie se originou em altitudes entre 1500 e 2000 metros, além de temperaturas amenas. O robusta traz uma nova opção de renda para pequenos produtores da região de Adamantina. As pesquisas são feitas em parceria com a empresa Treviolo Café”, afirma Nakayama.
A demanda aquecida pelo produto tem impactado positivamente o preço pago aos produtores, principalmente para os cafés robustas produzidos em São Paulo. “Os produtores paulistas conseguiram vender sua produção a um valor acima da cotação geral do Espírito Santo. Isso de deve à melhor qualidade, mas também a logística. Para trazer o robusta do Espírito Santo e de Rondônia para São Paulo, as empresas chegam a gastar R$ 100 por saca. Com isso, elas preferem pagar mais pelo produto de boa qualidade produzido pelos paulistas”, diz o pesquisador.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Nenhum comentário:
Postar um comentário