Período de chuvas frequentes faz ampliar riscos, em razão dos criadouros que podem acumular água.
Por: Natacha Dominato
Recipientes com água são potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças (Ilustração). |
A
Vigilância Epidemiológica de Adamantina registrou 76 casos positivos de
dengue sendo 75 casos autóctones (doença é contraída dentro da cidade) e
1 caso importado.
Os bairros que
registraram os casos foram: 23 na Vila Jamil de Lima, 19 casos no Jardim
Adamantina, 08 casos no Centro, quatro no Parque das Nações, quatro na
Vila Jardim, um caso importado na Vila Cicma e dois autóctones, dois na
Vila Joaquina, dois na Vila Jurema, dois no Parque Iguaçu, um caso na
Vila Freitas, um no Bairro Lagoa Seca, um na Vila Industrial, um no
Jardim Bandeirantes, um no Jardim América, um no Residencial Giuliano,
um no Bairro Monte Alegre, um no Bairro Eldorado e um no Parque do Sol.
Com o aumento do
índice de chuvas, por causa do verão, a população precisa estar atenta e
redobrar os cuidados, pois cresce a preocupação com a reprodução do
mosquito Aedes aegypti.
"Diante de sintomas
como febre ou não, dor no corpo, dor de cabeça, diarreia ou qualquer
outro sintoma, o munícipe deve procurar sua unidade de saúde o quanto
antes para ser acompanhado" orienta a enfermeira da Vigilância
Epidemiológica (VEP), Myriam Prado.
Francine de Brito
Alves, chefe do Controle de Vetores, explica que a ação mais simples
para prevenir à dengue é eliminando os criadouros.
"Nós precisamos
contar com o apoio de todos. A dica para evitar o problema é manter os
recipientes como tanques, cisternas, tambores, caixas d'água sempre
fechados. Locais onde a água possa acumular devem ser tampados ou
eliminados por meio da coleta seletiva", ensina.
Francine ainda pede
que as pessoas não joguem o lixo em áreas públicas e que observem
semanalmente os ralos e percebendo o acúmulo de água, com a mesma
freqüência despejem produtos que inibam o desenvolvimento das larvas,
tais como cloro, detergente, salmoura e água com sabão.
O Controle de Vetores está fazendo controle dos criadouros em um raio de 150 metros em torno dos casos.
Após isso, é feita a
nebulização com inseticida para matar os mosquitos adultos contaminados
ou não. "Os mosquitos preferem ficar dentro das casas. Por isso,
pedimos que no momento da nebulização os munícipes mantenham as casas
abertas", explica a chefe do controle de vetores.
As ações que tiveram início no mês passado contemplam ainda a busca ativa de sintomáticos pelos agentes comunitários de saúde.
"A Secretaria de
Saúde pede que os cuidados com os quintais sejam redobrados e que os
objetos que acumulem água sejam evitados. Use repelente. Receba a visita
dos agentes de saúde, permita que eles vistoriem o seu quintal. A
dengue é uma doença que pode matar", orienta.
Foi aprovada ainda a
lei municipal 3.870 que dispõe sobre sanções aos proprietários de
imóveis que possibilitem a proliferação do mosquito Aedes Aegypti no
município. A propriedade em que for encontrado foco do mosquito estará
sujeita a advertência na primeira incidência e na segunda, multa de 50
Unidade Fiscal do Município (UFM).
No caso de
estabelecimento empresarial, industrial comercial ou próprio público, na
primeira incidência será aplicada advertência, na segunda incidência
multa de 100 UFM e demais 200 UFM a cada autuação e cassação do alvará
municipal de funcionamento.
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