JANAÍNA TAVARES - Especial para O Imparcial
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Diante
da alta histórica do dólar, a consequência é a produção com custo
elevado para as empresas que investem em tecnologia, equipamentos em
gerais, máquinas, entre outros, conforme a Ciesp/Fiesp (Centro e
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) de Presidente Prudente.
Para o diretor regional, Wadir Olivetti Júnior, os benefícios são
poucos quando se fala em crescimento no valor do dólar.
Ele
afirma que, geralmente, a maioria dos insumos das indústrias e empresas
vem de outros países. “Há ainda o custo elevado de maquinários e commodities que
também sofrem devido aos preços, por isso é tão complicado”, relata o
diretor regional, ao comentar que o ganho das indústrias exportadoras
terão daqui para frente será “expressivo”.
Agora,
a situação reflete em indústrias que possuem os setores de importação e
exportação que utilizam matéria-prima não apenas do Brasil, mas de
outros países. Como é o caso da empresa Stetsom, que se encontra do
distrito industrial de Presidente Prudente.
Especializada
no segmento de som automotivo, produzindo essencialmente
amplificadores, alarmes e acessórios, a empresa já sentiu as mudanças
por causa do dólar desde o início do ano. “Ele já aumentou 15% em
relação ao real e percebemos que tem influenciado em algumas questões
aqui dentro”, salienta o gerente de exportação do local, Thiago Angeli
Calza.
De
acordo com ele, como a maioria da matéria-prima é importada e comprada
com a moeda norte-americana, o que acontece é que repercute no custo do
produto final. “Inevitavelmente, temos que reajustar os preços conforme a
alta”, explana. Assim, o cliente vai ter uma mercadoria mais cara para
comprar e, talvez, pode não ficar “totalmente” satisfeito com esse
crescimento, segundo o gerente de exportação, ao comentar que metade dos
insumos da empresa são da China e o restante do Brasil. “Por um lado, a importação fica mais cara e, por outro, os produtos da exportação ficam mais acessíveis”, observa.
Segundo
informações da Agência Brasil, a última vez que o dólar superou o valor
atual foi em 7 de abril de 2016, quando fechou em R$ 3.694. Ainda de
acordo com o site, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de
São Paulo, fechou em 0,12%, a 85.130 pontos. Já a alta da moeda
norte-americana ocorreu mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no
mercado de câmbio.
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