Fraude na aprovação do Revalida foi detectada pelo INEP.
Por- Acally Toledo, Iacri - SP
O Cremesp (Conselho Regional de Medicina
do Estado de São Paulo) cancelou, na última sexta-feira (20), os
registros profissionais de André Eduardo Pereira da Silva, Auriliana
Maria Pires de Toledo e José Roberto Spin de Toledo. Os três forjaram
aprovação no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos
por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida).
Munidos de falso documento de aprovação
no Revalida, os três conseguiram certificar o diploma junto à
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A fraude foi
descoberta pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP) que comunicou o Cremesp sobre a adulteração dos
documentos de aprovação. No Brasil, ao todo, foram 10 casos detectados.
André Eduardo, formado na Bolívia pela
Universidad de Aquino Bolívia (UDABOL), atuava em Sorocaba. Já Auriliana
de Toledo e José Roberto de Toledo estudaram na Universidad Politécnica
y Artística del Paraguay (UPAP) e exerciam ilegalmente a Medicina no
município de Iacri. O Cremesp ainda comunicou o fato às autoridades
policiais para diligências cabíveis.
“Antes de emitir o registro profissional
de quem se forma no exterior, checamos toda a documentação dos formados
junto à universidade estrangeira. Além disso, confirmamos a validade do
diploma estrangeiro junto à instituição de ensino brasileira
credenciada, no caso a UFRN, para nos certificarmos de sua
autenticidade. Após sermos notificados pelo Inep sobre a falsa aprovação
desses graduandos no Revalida cancelamos, de imediato, seus registros
profissionais e excluímos as informações desses indivíduos do nosso
sistema. Também denunciamos os casos à polícia por exercício ilegal da
Medicina”, comenta o 1º secretário e conselheiro do Cremesp, dr. Angelo
Vattimo.
O Cremesp vem atuando para fortalecer o
Revalida e impedir que o processo de revalidação de diplomas médicos
estrangeiros seja flexibilizado. “Nossa maior preocupação é com a
segurança do paciente. Por isso, vamos continuar intransigentes e
vigilantes, combatendo casos como esses, cada vez mais comuns. Este
triste flagrante é mais uma motivação que temos para continuarmos a
defender instrumentos como o Revalida, que inibem o exercício da
Medicina por pessoas sem qualificação”, comenta Vattimo.
Informações: Cremesp
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