sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

(Cenário regional) 10 cidades estão em alerta para o Aedes aegypti

Por GABRIEL BUOSI


O Ministério da Saúde divulgou na terça-feira o novo LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti), que classifica os municípios brasileiros em situações de  risco, alerta ou satisfatória em relação ao surto de dengue, zika e chikungunya. Na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, que tem Presidente Prudente como sede, dos 53 municípios, 47 foram avaliados, sendo que dez estão em estado de alerta e outros 37 em situações satisfatórias em relação às doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti.
O levantamento foi realizado entre outubro e a primeira quinzena de novembro e aponta que 357 municípios do país estão em situação de risco em relação às doenças, com altos índices de larvas do mosquito, mas na região de Presidente Prudente nenhuma cidade foi classificada na categoria. Os números apresentam a situação do IIP (Índice de Infestação Predial), que se for menor que 0,9 é satisfatório, entre 1 e 3,9 é considerado em alerta e, acima de 4, o município está em risco, além do depósito predominante das larvas encontradas, que podem ser no armazenamento de água, domiciliar ou lixo. Seis dos 53 municípios não apresentaram os dados.
Ao todo, das 47 cidades que são mencionadas nas pesquisas e apresentam dados, dez estão em situação de alerta , sendo que Rosana se destaca com o maior IIP indicado, com 2,4. A média do índice nas cidades avaliadas é de 0,61. Os outros municípios que seguem na mesma situação de alerta são: Euclides da Cunha Paulista, Flórida Paulista, Junqueirópolis, Nova Guataporanga, Ouro Verde, Panorama, Presidente Prudente, Presidente Venceslau e Salmourão.

“Situação preocupante”
Questionado sobre o maior Índice de Infestação Predial no município, o coordenador da Vigilância Sanitária de Rosana, responsável pelas endemias atualmente, José Amilton Pinto Junior, afirma que a situação é preocupante, já que foi classificada em alerta, e ressalta que a Prefeitura realiza mutirões de limpeza, podas de árvores, fiscalizações em terrenos baldios e orientações aos munícipes para que os índices sejam diminuídos. “As casas são visitadas diariamente, mas temos receio por conta do tempo de chuva e calor, que são propícios para a proliferação das larvas do mosquito”, expõe.
Ainda segundo José, a nota 2,4 pode ser atribuída, entre outros fatores, ao “descuido” da própria população, que, segundo ele, precisa ser mais consciente. “Os moradores precisam ser nossos aliados. Mesmo com a taxa alta, vale ressaltar que, no ano dengue, que foi de julho de 2016 a julho deste ano, Rosana não apresentou nenhum caso positivo da doença”.
Pelo grande número de cidades vistoriadas, a reportagem não conseguiu entrar em contato com todas para solicitar um posicionamento. Além da administração mencionada, outros dois municípios emitiram parecer frente à situação. Presidente Prudente, por exemplo, também está classificada na categoria de alerta e apresentou o IIP de 1,3. A diretora da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), Elaine Bertacco, defende a ideia de que o atual clima é propício para a proliferação de larvas, o que pode ter aumentado os números, comenta sobre os arrastões de limpeza realizados para a prevenção e salienta que mesmo com um ano tranquilo, a situação pode ser revertida a qualquer momento. “Até folhetos específicos sobre o tema já entregamos. Neste ano tivemos até hoje [ontem] apenas nove casos de dengue. É uma situação tranquila, mas tudo depende dos cuidados da população e apoio da Prefeitura”, informa. Vale lembrar que, no ano passado, a cidade passou por um surto da doença, quando foram registrados, conforme Elaine, 13.065 casos.
Já o agente de endemias de Presidente Venceslau, Carlos Henrique de Moraes Oliveira Ferreira, que teve IIP avaliado em 1,1, situação também classificada como alerta, comenta sobre a intensificação de trabalhos preventivos para o próximo mês, quando os agentes vão promover mutirões de limpeza. Com os trabalhos, os munícipes que estiverem irregulares ou com criadouros de larvas nas residências poderão, segundo Carlos, ser multados em até 25 UFMs (Unidades Fiscais do Município). Cada UFM tem o valor de R$ 2,8655, sendo que a multa pode chegar a R$ 71,5. “De qualquer forma, precisamos da ajuda dos moradores e estamos de olho na situação”, ressalta.

Fonte: http://www.imparcial.com.br

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